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Fraude no Agronegócio: Como Empresas em Recuperação Judicial Ainda Conseguem Crédito e Enganam o Sistema Financeiro

04 de novembro de 2025
Jornal Contábil

Investigação Jornal Contábil

Nesta matéria exclusiva, analisamos como as recuperações judiciais do agronegócio revelam que os problemas não eram apenas financeiros, mas faziam parte de um esquema sofisticado de criação de créditos falsos, exclusão de dívidas e manipulação de impostos. Leia a matéria completa.

Enquanto o agronegócio bate recordes de produção e exportação, uma face sombria do setor vem chamando a atenção das autoridades: empresas em recuperação judicial que continuam obtendo crédito em bancos, mesmo sem condições reais de pagamento. Investigações da Polícia Federal e da Receita Federal revelam um esquema sofisticado de manipulação financeira e jurídica, que envolve produtores, advogados, contadores e, em alguns casos, administradores judiciais.

 

A Nova Onda de Recuperações no Campo

Nos últimos dois anos, o número de pedidos de recuperação judicial no agronegócio brasileiro disparou. Segundo dados da Serasa Experian, o segundo trimestre de 2025 registrou um aumento de mais de 30% em relação ao ano anterior — o maior índice desde que a Lei de Recuperação Judicial (11.101/2005) passou a ser amplamente aplicada ao setor rural.

O objetivo da recuperação judicial, em tese, é permitir que produtores e empresas em crise reestruturem suas dívidas e evitem a falência. Mas investigações recentes indicam que muitos desses pedidos são usados como escudo para fraudes milionárias, facilitando a manutenção de crédito e a ocultação de patrimônio.

 

Entre as práticas mais comuns estão:

  • Criação de créditos falsos: empresas ligadas ao mesmo grupo se apresentam como credoras para inflar o passivo.
  • Manipulação da lista de credores: companhias “amigas” participam da votação do plano de recuperação para aprová-lo artificialmente.
  • Ocultação patrimonial: transferência de bens a familiares ou empresas de fachada para dificultar a execução.
  • Manutenção de crédito bancário: uso de CNPJs paralelos ou subsidiárias para continuar tomando empréstimos rurais, muitas vezes com o mesmo grupo controlador.

 

De acordo com a Polícia Federal, alguns desses esquemas chegam a envolver cooptação de administradores judiciais e consultores financeiros, o que amplia o alcance da fraude.

O Esquema: Como a Fraude se Estrutura

As operações seguem um roteiro bem conhecido das autoridades.
Primeiro, o grupo empresarial solicita a recuperação judicial alegando incapacidade de pagamento. A medida suspende execuções e renegocia dívidas, oferecendo um fôlego temporário.

No entanto, em vez de reorganizar o negócio, muitas empresas passam a utilizar o processo como estratégia para obter novos financiamentos, mascarar dívidas antigas e manter atividades em nome de terceiros — os famosos “laranjas”.

 

A “Brecha Legal” que Permite o Crédito

Uma das razões pelas quais o sistema financeiro demora a reagir está na própria legislação brasileira.
Estar em recuperação judicial não impede automaticamente o acesso a crédito bancário.

Na prática, enquanto o nome da empresa não é negativado nos sistemas internos das instituições, ela ainda pode operar normalmente, emitir notas e receber financiamentos.
Muitos bancos, inclusive, preferem manter o relacionamento com o cliente rural e renegociar dívidas, acreditando que a recuperação é uma etapa transitória — o que abre margem para abusos.

Especialistas apontam que essa “zona cinzenta” jurídica favorece o surgimento de esquemas fraudulentos. “O problema é que o crédito agrícola não possui monitoramento integrado com a Justiça. Uma empresa pode estar em recuperação judicial em Mato Grosso e, ao mesmo tempo, conseguir novo financiamento em Goiás”, explica um consultor financeiro ouvido pela reportagem.

 

A Lenta Detecção da Fraude

Mas por que essas fraudes demoram tanto para serem descobertas?
A resposta está na combinação de complexidade jurídica, falta de integração entre bancos, tribunais e Receita Federal, e no próprio ritmo do agronegócio, que mascara crises com base na sazonalidade das safras.

Além disso:

  • A estrutura societária do setor é altamente pulverizada, com grupos familiares que controlam dezenas de CNPJs.
  • As auditorias bancárias raramente cruzam todos os dados cadastrais e fiscais dos sócios.
  • As listas de credores manipuladas criam a falsa aparência de endividamento legítimo.
  • E o processo judicial em si — longo e técnico — impede ação rápida de fiscalização.

Quando o caso chega à Receita Federal ou ao Banco Central, os prejuízos já estão consolidados e as empresas, muitas vezes, já transferiram bens ou encerraram atividades sob outro nome.

 

Operações da PF Revelam Esquemas Bilionários

Em 2024 e 2025, operações como “Sísamnes” e “Replantio”, conduzidas pela Polícia Federal, trouxeram à tona o uso criminoso das recuperações judiciais por grupos do agronegócio.

Os investigadores identificaram fraudes bilionárias, que incluíam compra de decisões judiciais, inserção de créditos fictícios e lavagem de dinheiro com uso de empresas fantasmas.
Em alguns casos, advogados e administradores judiciais foram acusados de receber propinas para manipular processos em favor dos devedores.

Esses esquemas afetam diretamente bancos públicos e privados, fundos de investimento e fornecedores agrícolas, que ficam sem receber e acabam absorvendo prejuízos milionários.

 

As Consequências para o Setor

As fraudes em recuperações judiciais no agro não apenas prejudicam o sistema financeiro — elas contaminam a credibilidade do agronegócio brasileiro.
Empresas sérias passam a enfrentar critérios mais rígidos de crédito, altos spreads bancários e maior burocracia para financiamento de safras.

Além disso, a confiança dos investidores internacionais é abalada quando o país aparece nas manchetes com esquemas que envolvem lavagem de dinheiro e corrupção judicial.

“O agronegócio brasileiro é pujante, mas a má fé de alguns grupos ameaça a reputação de um setor que é vital para a economia nacional”, afirmou um auditor da Receita Federal envolvido na análise dos casos.

 

Receita Federal e IA na Caça aos Fraudadores

Diante da escalada de fraudes, a Receita Federal passou a integrar dados de processos de recuperação judicial ao Projeto Analytics, seu sistema de inteligência artificial e análise de redes.

A ferramenta cruza CNPJs, CPFs, endereços, CNAEs e declarações fiscais para identificar grupos econômicos ocultos e empresas de fachada, muitas vezes usadas para fraudar o sistema de crédito rural.

Com o apoio da IA, a Receita agora consegue mapear conexões suspeitas entre produtores, contadores e advogados, e emitir alertas preventivos antes que o prejuízo se consolide.

 

O Alerta: A Era da Transparência Chegou

As operações policiais e o avanço da inteligência artificial mostram que a era da impunidade no agronegócio está com os dias contados.
Empresas que se utilizam da recuperação judicial como ferramenta de fraude estão sendo rastreadas digitalmente, e as redes de cumplicidade entre contadores, advogados e administradores judiciais começam a ser desfeitas.

Aos produtores sérios e profissionais éticos, a recomendação é clara:
transparência total, coerência contábil e governança rígida.
Porque, no Brasil de 2025, o campo ainda é fértil — mas também vigiado pela inteligência artificial.

 

Insight Final

A combinação de recuperações judiciais fraudulentas, brechas legais e concessão de crédito sem rastreabilidade criou um terreno fértil para golpes bilionários no agronegócio.
Mas, com a chegada da IA fiscal e a integração de dados entre Receita Federal, Banco Central e Polícia Federal, o tempo da “esperteza rural” está se esgotando.

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